Doença Bipolar: o que é?
A Doença Bipolar, ou Doença Maníaco-Depressiva, é uma doença psiquiátrica que se caracteriza por alterações acentuadas do humor, nas quais o doente alterna entre estados de depressão e euforia (mania). Distúrbio complexo, afecta cerca de 1,5 por cento da população mundial. Apesar das variações de cada quadro clínico, a sua sintomatologia é consistente, permitindo um diagnóstico seguro.
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A fase maníaca (eufórica) pode durar de dias a meses e caracteriza-se pelos seguintes sintomas:
- Aumento do estado de ânimo: hiperactividade, aumento da energia, falta de autocontrolo;
- Auto-estima elevada (pensamentos de grandeza, crenças falsas em habilidades especiais, aumento do amor próprio);
- Compromiso exagerado nas actividades;
- Aumento de interesse em diversas actividades: gastos exagerados, consumo excessivo de comida, bebida ou consumo de drogas;
- Promiscuidade sexual; deterioração do julgamento;
- Tendência para a distracção;
- Pouca necessidade de dormir;
- Irritação fácil; e
- Pouco controlo do temperamento.
Estes sintomas observam-se sobretudo nos doentes de Transtorno Bipolar I.
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Nas pessoas com Transtorno Bipolar II, o estado de humor prevalecente é o da Depressão. A Depressão, quer no Transtorno I quer no II, inclui sintomas graves tais como:
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Nas pessoas com Transtorno Bipolar II, o estado de humor prevalecente é o da Depressão. A Depressão, quer no Transtorno I quer no II, inclui sintomas graves tais como:
- Tristeza permanente;
- Sentimento de desespero, inutilidade e culpa excessiva;
- Apatia;
- Sonolência excessiva ou incapacidade de dormir;
- Perda de apetite e de peso/ consumo exagerado de alimentos e aumento de peso;
- Pensamentos frequentes sobre a morte;
- Dificuldade de concentração, de memorização e de toma de decisões;
- Isolamento;
- Fadiga; e
- Perda da auto-estima.
Estas alterações de humor condicionam todas as emoções e comportamentos do indivíduo, levando a uma significativa perda de saúde e da autonomia da personalidade. Há vários factores que predispõem para a doença, nomeadamente genéticos, biológicos e ambientais.
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Os factores genéticos têm um papel essencial mas, por outro lado, o tipo de personalidade e o ambiente em que a pessoa vive condicionam também o desencadeamento das crises. Não há nenhum tratamento que cure a doença na totalidade. Ela pode, porém, ser controlada através de medicamentos estabilizadores do humor, tais como o Carbonato de lítio, o Valproato e a Carbamazepina . As crises depressivas tratam-se com antidepressivos ou, em casos resistentes, a convusioterapia. As crises de mania tratam-se com os estabilizadores do humor acima referidos e com os antipsicóticos. O apoio psicológico individual e familiar é, além disso, um complemento indispensável para o tratamento.
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